Anna Virginia Balloussier, na Folha.com
O paciente deita no divã e pede: não quer mais ser gay. O psicólogo deve ajudá-lo a reverter a orientação sexual? Parlamentares evangélicos dizem que sim e tentam reverter uma resolução do Conselho Federal de Psicologia.
Um projeto de decreto legislativo quer sustar dois artigos instituídos em 1999 pelo órgão. Eles proíbem emitir opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como um transtorno.
Segundo o projeto do deputado João Campos (PSDB-GO), líder da Frente Parlamentar Evangélica, o conselho “extrapolou seu poder regulamentar” ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”.
O conselho de psicologia questiona se o projeto pode interferir na sua autonomia. Para o presidente do órgão, Humberto Verona, estão lá normas éticas para combater “uma intolerância histórica”.
Deve-se curar a “síndrome de patinho feio”, e não “a homossexualidade em si”, diz Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Para ele, é o preconceito que leva um gay a procurar tratamento.
“[Ninguém diz] ‘cansei de ser hétero, vim aqui me transformar'”, completa Verona.
FREUD EXPLICA?
O estudante de direito e homossexual Fábio Henrique Andrade, 18, foi mandado para o psicólogo pela primeira vez com dez anos. O filho deveria “tomar jeito” antes que virasse gay, na opinião de sua família adotiva.
A voz fina tirava o pai do sério. “Falava que era de veado.” E também o fato de ele só brincar com as meninas.
Para o pastor e deputado Roberto de Lucena (PV-SP), cruel é deixar “um homem em conflito” ao léu psicológico. Ele é relator do projeto de Campos, hoje sob análise da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.
A princípio, Lucena crê que os pais têm o direito de mandar seus filhos para redirecionamento sexual. Mas reconhece que o tema deve ser discutido em audiência pública, prevista para as próximas semanas em Brasília.
Está certo. Ninguém tem provas de que a pessoa nasce gay, que isto é genético ou mesmo imutável. Existem n casos de pessoas que “viraram gays” do dia para a noite – tenho caso na minha própria família.
Sou CONTRA publicidade chamando gays a se tratarem, mas o indivíduo que sente-se mal por sua condição homossexual tem todo o direito de receber tratamento profissional adequado. É tão desumano negar esse tipo de assistência a quem a deseja quanto seria forçá-la aos que não a querem.
Isaias Medeiros você está enganado não existe esta historia de virar gay do dia pra noite,sempre soube desde pequeno (4 anos) que NUNCA senti o minimo interesse por mulheres,por mais que tentasse,e não é por que só fui contar pra minha família agora com 18 anos que eu virei gay,e á proposito só fiquei com meninas e mesmo assim sou gay.
o pior é que tem um monte de gente no mundo que deixa de ser gay no psicologo. mas eles não querem divulgar isso. pq será?