Magali do Nascimento Cunha, no Facebook
UMA NOTA TRISTE sobre a 10a Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas: Assembleia sobre expressão de intolerância. Desde o primeiro dia, evangélicos fundamentalistas realizaram protestos contra o Conselho Mundial de Igrejas na frente do local das conferências.
Acamparam com materiais, camisetas, carros de som, megafones e num dia realizaram um protesto com umas mil pessoas, em que realizavam orações de exorcismo do prédio. Dizem que o CMI é o demônio que quer levar as igrejas para o comunismo e o liberalismo.
Alguns eram muito agressivos e quando saíamos para o almoço nos abordavam gritando que voltássemos para casa e não pisássemos mais lá. Outros eram pacíficos e recebiam abraços e palavras positivas dos participantes da assembleia.
Dava para entender que muita gente estava lá sem saber direito o que era o Conselho Mundial de Igrejas, obedecendo aos seus líderes. Mas desde ontem grupos extremistas passaram a estar no local e um deles entrou no momento do encerramento e tentou tomar o microfone de uma pastora da Colômbia que fazia uma oração no altar.
Um grupo de seguranças tirou o homem de lá que continuou gritando coisas que não entendíamos e foi um momento triste. A pastora pediu orações pelo homem, a quem classificou “cheio de dor”. Mas o episódio não estragou a festa final.
De qualquer forma, manifestações contrárias sempre existem a todo tipo de movimento. Estas acusações ao CMI são velhas (dos anos 40) e o CMI já está acostumado a ouvi-las. E se entende que tem gente que não participa e fala mal… até aí aceitável… Mas agir com o assédio com o qual estes grupos agiram e a violência de hoje, envergonhou os coreanos que organizaram o evento com tanto carinho e deixou muita gente triste e com medo (eu mesma tive medo algumas vezes).
E ainda se chamam cristãos…
dica do Douglas Rezende e do Sidnei Carvalho de Souza