Prefiro os caídos aos altivos
Prefiro os machucados
Os feridos de guerra
Quero os pecadores
Quero os pessimistas
Os que nada sabem
E não pertencem a lugar nenhum
Que peregrinam, atônitos e sedentos,
Nesta terra devastada
Prefiro os inseguros
Os calados – os que não interpretam nem julgam
Prefiro os que sofrem aos que festejam
Ter os dois pés fincados
Na realidade dos fatos
Quero hospitais, velórios
Doentes terminais
Quero a vida se revelando em sua plenitude
Às vésperas de se apagar
Estrela incendiada
Que declina.
Comentários
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Gostei muito do que escreveu Marília. Num mundo tão cheio de dores não há motivos para o “carnaval”.
É tempo de chorar com os que choram…
São enfermos abandonados nas máquinas de hemodiálise que morrem sem socorro, é o grito da multidão nos corredores dos hospitais suplicando por ajuda um querido, é mãe matando, filho e se matando, é pai matando filhinho de 8 anos, são as doenças causadas pelas droga sem falar na violência… enfim, é o abandono. Para que festejar?
também prefiro os caídos, eles estão sozinhos…
Eclesiastes Feliings