publicado na Exame
Somos seres cada vez mais urbanos. Hoje, metade da população mundial já vive em cidades. Sem planejamento adequado, esse movimento aumenta a pressão sobre o meio ambiente e piora a qualidade de vida nos centros urbanos. Um ponto chave para mudar isso é a criação de cidades mais inteligentes. E não se trata de futurologia — as tecnologias para a revolução verde já existem.
Bom exemplo é a recém-inaugurada Fujisawa Sustainable Smart Town, ou simplesmente Fujisawa SST, no leste do Japão. Localizada a cerca de 50 km da capital Tóquio, a cidade inteira funciona de forma inteligente, consumindo menos recursos naturais.
Ela conta com serviços de compartilhamento de carros e bicicletas elétricas, casas alimentadas por energia solar e os moradores têm até incentivo financeiro para reduzirem o consumo de energia.
O projeto é fruto de uma parceria da Panasonic com outras sete empresas japonesas e uma norte-americana. Seu custo estimado é de R$ 1,3 bilhão. Até 2018, segundo projeções da empresa, cerca de três mil pessoas devem habitar Fujisawa.
A ideia é que ela evolua para se adaptar às novas tecnologias limpas que possam reduzir ainda mais o impacto sobre o meio ambiente e também sirva de inspiração para outras cidades do Japão e do mundo.
Fontes renováveis de energia vão ser responsáveis por 30% do abastecimento da nova cidade. Painéis solares instalados nos telhados das casas garantem a energia necessária para os moradores. As sobras são armazenadas em baterias.
Toda a iluminação das ruas é feita com lâmpadas de baixo consumo, que possuem detecção de presença. Quando os sensores do sistema detectam alguém, a iluminação pública LED é intensificada nas áreas à frente, enquanto câmeras funcionam em sincronia para zelar pela segurança.
A cidade conta com “smart spots”, pontos específicos onde os moradores podem alugar bicicletas e carros elétricos. Eles podem ser compartilhados ou alugados com hora marcada e as reservas podem ser feitas através da televisão, na própria residência.
As soluções sustentáveis estão integradas por toda a cidade. O design dos blocos residenciais e comerciais foi feito para que o vento circule melhor e as unidades recebam mais iluminação natural.
Não tem diferença nenhuma com Brasília, a capital onde mora Dilma, “Presidenta” do Brasil!