Por Marília de Camargo César
Farei que você seja como um anel de selar em meu dedo, pois eu o escolhi (Profeta Ageu)
Não desprezem os começos humildes, pois o Senhor se alegra ao ver a obra começar (Profeta Zacarias)
No passado, o anel de selar confirmava o desejo do Rei. Atestava sua vontade manifestada por escrito. O Rei derramava a cera aquecida sobre o documento e carimbava com autoridade o anel sobre ela.
O anel é um instrumento nas mãos do Rei. Ele não tem vontade própria, mas sem ele, a obra não começa. É essencial para que a vontade do Rei se cumpra.
Muitas vezes, não percebo que uma grande obra planejada e desejada pelo Rei teve início por meu intermédio. São os pequenos começos, não raro menosprezados.
Pequenos começos podem se transformar em empreendimentos surpreendentes diante de meus olhos. A planície se erguendo ali adiante, se elevando em forma de montanha.
Olho para a nova paisagem que se formou, espantada, e exclamo, como fez o profeta Zacarias: é pela graça! É pela graça!